Mais da metade dos brasileiros precisam fazer trabalhos extras para complementar renda

O brasileiro está longe de ter qualidade de vida. Isso porque, diante da carestia e alta inflacionária, a população desempregada precisar fazer trabalhos “extras” para poder complementar a renda mensal. Segundo dados do Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), mais da metade dos brasileiros fez algum tipo de trabalho extra, no Nordeste a porcentagem é de 55%.

Os reajustes abaixo do INPC, e até mesmo a ausência do reajuste, causam grande perda aos trabalhadores, que lidam com altos gastos na alimentação e combustível básico como o gás de cozinha. A renda média dos trabalhadores recuou 5,1% no segundo trimestre deste ano, frente a igual período de 2021, para R$ 2.652, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os “bicos” mais comuns apontados na pesquisa do Ipec sobre a desigualdade foram os de serviços gerais, como faxina, manutenção, reformas, jardinagem e “marido de aluguel”, realizados por 13% dos entrevistados. Produzir alimentos em casa para vender (bolos, pães, doces, refeições, etc.) foi a saída para 8% dos que responderam à pesquisa. Para sobreviver, ainda 6% recorreram à venda de roupas e outros artigos usados.