Mais uma vez, Guedes pede que servidores aceitem congelamento salarial

O servidor público continua na mira do governo Bolsonaro. O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu novamente que os funcionários públicos aceitem o congelamento salarial pelos próximos dois anos. Ele afirmou que  a suspensão dos reajustes do funcionalismo é necessária para que o Brasil controle os gastos públicos sem precisar aumentar impostos e possa se recuperar da crise do novo coronavírus de forma acelerada. Pura balela. 

“É fundamental que o dinheiro da saúde não tenha nenhuma possibilidade de virar aumento de salário no próximo ano. Por isso, estamos pedindo uma contribuição do funcionalismo, que não peçam aumentos, que sejam suspensos os aumentos”, pediu Paulo Guedes, ressaltando que a medida não vai impedir promoções pontuais. “Promoções de carreiras, seja na carreira civil ou militar, seguem normais. Promoção não é aumento de salário generalizado, é somente uma promoção. Aumentos funcionais, tudo bem. Pedimos é que não haja um aumento generalizado”, disse Guedes, em live promovida pelo Itaú neste sábado (09/05). 

“Se conseguirmos que o presidente vete, como ele anunciou que faria, esse aumento do funcionalismo público por esse ano e o ano que vem… Se conseguirmos isso, está garantido que, com a despesa da Previdência crescendo menos, com as despesas de juros mais baixas e com a despesa do funcionalismo mantida, o déficit extraordinário deste ano recua no ano que vem e que o Brasil continua na trilha de equilíbrio fiscal”, afirmou Guedes. Ou seja, mais uma vez, o ministro coloca nas contas dos servidores a conta da crise. Inadmissível.