Mobilizações contra a PEC 32 devem continuar, apesar da vitória simbólica

A luta contra a Reforma Administrativa tem uma trégua agora neste fim de ano, após o início do recesso parlamentar. A Câmara dos Deputados não vou a PEC 32. O governo Bolsonaro conseguiu aprovar o projeto em comissão especial em setembro, mas não reuniu os votos necessários para o plenário. Por isso, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), manteve a PEC “na gaveta”.

Foram mais de 14 semanas consecutivas de vigília dos servidores, manifestações e atos. Embora os servidores públicos estejam satisfeitos com o resultado do “arquivamento provisório” da PEC, a mobilização deve ser mantida para que a proposta não seja ressucitada após as eleições de 2022. 

De acordo com o ponto de vista do analista político Marcos Verlaine, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Foi uma vitória simbólica, considerando a correlação de forças no Congresso. “Do ponto de vista político, a PEC não está completamente derrotada”, diz. A questão, observa, está amarrada ao processo eleitoral do ano que vem.

Para aprovação de uma PEC, são necessários 308 votos, três quintos do total de deputados da casa. Mas, segundo dados da oposição, os governistas ficaram longe dessa meta. Teriam conseguido no máximo 229 votos.