No 2 de Julho, ASSUFBA protesta contra os retrocessos

Os Técnico-Administrativos em Educação das Universidades Federais da Bahia participaram do tradicional desfile do 2 de Julho, Independência da Bahia. O bloco da ASSUFBA levantou as bandeiras em defesa do serviço público de qualidade, contra os cortes na saúde e educação e pela revogação da EC 95/2016 – Teto dos gastos públicos.

O Coordenador Geral do Sindicato, Renato Jorge, destacou a importância do servidor participar do ato cívico e protestar contra a retirada de direitos, reflexo das ações do governo neoliberal de Michel Temer. “A Universidade teve uma queda de 30% do seu financiamento. Nós viemos lutar pela ampliação da verba para saúde e educação, além de uma política salarial justa. Os servidores estão com os salários congelados”.

A servidora licenciada da UFBA e deputada federal, Alice Portugal, esteve junto ao bloco da ASSUFBA e ressaltou o importante papel de dar voz aos servidores na Câmara Federal. “Espero continuar fazendo esse trabalho, enfrentando essas batalhas e erguendo alto a bandeira de que o servidor unido jamais será vencido”.

A deputada ainda lembrou que o 2 de Julho é a data mais importante da Bahia e que os servidores devem estar unidos no tradicional ato cívico. “Essa é a data em que os baianos afirmam que com tiranos não combinam brasileiros corações”.

O cortejo do 2 de Julho deste ano foi fortemente marcado por manifestações políticas contra o governo federal. Os servidores fizeram questão de marcar presença, mesmo aqueles que não moram em Salvador. A Coordenadora da ASSUFBA, Adelmaria Ione, lotada na UNILAB – Campus dos Malês, exclamou que “o campus corre o grave risco de deixar de existir devido ao projeto político de governo de Michel Temer. Vale lembrar que a UNILAB é uma universidade de aliança internacional entre o Brasil e países africanos. “O projeto político desse governo é tirar o acesso que povo pobre teve, a visibilidade epistemológica que o povo negro teve e que está construindo sobre si. O governo executa uma política de opressão, exclusão”. Uma das propostas do governo golpista é que a UNILAB vire uma seção do UFRB ou da UFBA, deixando de ser um campus autônomo.

A Coordenadora da entidade, Eliete Gonçalves fez a defesa dos Hospitais Universitários, que também têm sofrido com cortes orçamentários. “Nós sentimos falta nos HU’s principalmente de medicações básicas que o paciente precisa. Além disso, também diminuíram os leitos. Muitos equipamentos precisam de manutenção”. O Coordenador do Sindicato,  José Gomes lembrou que,  “a Bahia é o berço da resistência contra aqueles que querem retirar os nossos direitos”.

O clima indeciso entre sol e chuva não desanimou os servidores que estavam dispostos a protestar. Nem o tempo nem o jogo da Seleção Brasileira esvaziou o desfile, que contou com a união dos trabalhadores da educação. “É uma parceria importante porque a educação não pode ter uma divisão entre ensino médio e superior, é preciso unidade em educação de forma orgânica e organizada para fomentar a luta”, comentou Rui Oliveira, Coordenador Geral licenciado da APLB.