Ônus da crise recai sobre as camadas mais pobres , diz Adilson Araújo

O projeto de mudanças no sistema previdenciário deste governo golpista é um retrocesso inaceitável para a classe trabalhadora e, por isto, é rejeitado pelo conjunto do movimento sindical brasileiro.

Além de reduzir direitos e benefícios, sempre em detrimento dos mais pobres, e manter os privilégios dos militares, a reforma ameaça a economia de milhares de municípios, que dependem das aposentadorias e pensões, e abre caminho à privatização do setor, cobiçado pelo sistema financeiro.

A idade mínima para aposentadoria aos 65 é particularmente perversa às mulheres e trabalhadores e trabalhadoras rurais. Outra novidade cruel é estabelecer em 49 anos o tempo de contribuição necessário para que o trabalhador tenha direito ao valor integral da aposentadoria. Mais uma vez, o ônus da crise recai sobre as camadas mais pobres da nossa sofrida classe trabalhadora.

A CTB advoga a mais ampla unidade das centrais, dos sindicatos e dos movimentos sociais nesta empreitada e defende o fortalecimento de uma campanha de esclarecimento das bases com o objetivo de criar as condições para a deflagração de uma greve geral para barrar o retrocesso.

Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil