Professores e funcionários da USP entram em greve

Professores e funcionários da USP começaram nesta terça-feira (27) uma greve por tempo indeterminado. A paralisação é contra a decisão do Conselho dos Reitores das Universidades Paulistas (Cruesp) de adiar o reajuste dos salários dos servidores das universidades estaduais.

Os funcionários da USP se reuniram na Faculdade de História e seguiram até a Assembleia Legislativa para participar de uma audiência pública sobre a situação das universidades públicas paulistas.

A greve atinge também a Unicamp e a Unesp.

A reitoria da USP diz que o reajuste não foi concedido em abril, como de costume, por causa do comprometimento do orçamento da instituição com a folha de pagamento, que supera os 95%. Disse, porém, que prorrogou o início das discussões sobre o aumento dos salários para setembro.

O diretor do Diretório Central dos Estudantes da USP, Gabriel Lindenbach, afirmou que os alunos apoiam os funcionários e professores em sua paralisação, e que eles próprios terão uma assembleia nesta quarta-feira para definir a pauta estudantil.

“A reivindicação (dos professores) é contra o arrocho salarial. Na prática, o ajuste significa que isso vai diminuir o poder de compra dos professores. Nós queremos mais investimentos públicos para a faculdade, somos contra a existência de mensalidades”, excplicou Lindenbach.

A Unicamp e a Unesp também informaram que têm comprometimento próximo de 100% do orçamento.

Fórum
O Fórum das Seis informou no dia 13 de maio que pede 9,87% de reajuste salarial para repor a inflação mais aumento real de 3%. Alexandre Pariol, diretor do Sindicato de Trabalhadores da USP (Sintusp), afirmou que os servidores estão “indignados” com a decisão do Cruesp e que todo “trabalhador tem direito a repor ao menos as perdas da inflação”. Segundo Pariol, a USP tem reserva de R$ 2 bilhões.

Em nota, a Associação dos Docentes da USP (Adusp) afirmou em meados de maio que o congelamento dos salários é “inaceitável”. “O arrocho está aí, a tarefa agora é rechacá-lo”. Para tanto, precisamos nos mobilizar imediatamente”, diz o texto publicado no site da entidade. A Adusp marcou reunião extraordinária para esta quarta-feira (14).

Fonte: http://g1.globo.com/