Promessa do governo Temer, contrato intermitente aumenta precarização e informalidade no mercado de trabalho

A reforma trabalhista, do governo golpista de Michel Temer, tinha o discurso da criação de milhões de emprego, com o contrato intermitente. Hoje, informações do Boletim Emprego em Pauta, do Dieese, apresentam dados que comprovam o contrário, como a precarização e o aumento da informalidade no mercado de trabalho.

O trabalho intermitente foi aprovado por lei em 2017, e é um modelo de contratação formal em que a empresa, sem remuneração, deixa o trabalhador em aguardo, à disposição para ser chamado.

Com base no estudo do Dieese sobre a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), os contratos intermitentes estão aumentando, chegando a 0,29% no ano passado. Em 2018, esta modalidade de admissão foi de 0,13% entre os empregos formais. Porém, os vínculos dos últimos dois anos demonstram que, no mínimo, 11% não possuíram atividade. Isto significa que os trabalhadores não receberam nada. Ao final de 2018, 40% dos trabalhadores ativos acabaram o ano sem movimento.

Outro prejuízo causado pelo contrato intermitente são nos postos de trabalho com salários mais baixos, o que necessitaria de mais formalização e direitos para o trabalhador. Segundo o Boletim, um em cada 10 funcionários a partir deste modelo contratual não exerceu atividade laboral no ano.