Propostas da Mesa de Negociação Permanente são discutidas em Roda de Conversa da Assufba

Foi realizada nesta quinta-feira (23/02) uma Roda de Conversa, promovida pela ASSUFBA, com Técnico(a)-Administrativos(as) em Educação da UFBA, UFRB, UFOB, UNILAB e UFSB e outras instituições. A atividade discutiu pontos da proposta de reajuste salarial e do auxílio alimentação de 2023 para os(as) servidores públicos(as) federais.
O Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge Pinto, explicou que o governo federal apontou na Mesa de Negociação Permanente quatro diferentes propostas, sendo elas:
- 1ª proposta – 9% de reajuste salarial sem auxílio alimentação | implementação em março de 2023
- 2ª proposta – 7,8% de reajuste salarial + R$ 200,00 de auxílio alimentação | implementação em março de 2023
- 3ª proposta – 8,5% de reajuste salarial + R$ 200,00 auxílio alimentação | implementação em abril de 2023
- 4ª proposta – 9% de reajuste salarial + R$ 200,00 auxílio alimentação | implementação em maio de 2023
Segundo o coordenador, receber 9% sem o auxílio alimentação em março ou seguir com uma das duas propostas seguintes – de 7,8% em março e 8,5% em abril – prejudicaria os(as) trabalhadores(as) ativos(as). Carregar prejuízos para a categoria e iniciar as negociações do próximo ano com números baixos não seria o ideal. O melhor caminho seria a última proposta, de 9% de reajuste juntamente com o auxílio alimentação em maio.
Renato Jorge também aproveitou a oportunidade para esclarecer que não há, por parte da ASSUFBA, nenhuma rejeição à proposta do governo – em especial ao auxílio alimentação. “Nós somos uma categoria única, não há divisão entre trabalhadores(as) ativos(as) e aposentados(as). Há benefícios que são próprios dos servidores ativos e benefícios que são comuns das duas partes. A proposta de maio contempla ambos com o aumento salarial e o auxílio. Não podemos ter dúvida quanto a isso”, pontuou.
O fato de o auxílio alimentação estar dentro da proposta do governo abre a possibilidade de discussão de outros benefícios, como o auxílio saúde. “Defendo a proposta de maio, referente aos 9% de reajuste juntamente com o auxílio alimentação, e que nesses dois meses (março e abril) possamos discutir outros benefícios, como o auxílio saúde e o auxílio creche, que são de extrema importância, principalmente em uma categoria majoritariamente feminina”, explicou Renato.
Fernando Mota, Coordenador Geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (SINT-IFESgo), adicionou a importância do governo do presidente Lula ter se prontificado a abrir a Mesa de Negociação logo no início da gestão, cenário bem diferente dos dois governos anteriores (Michel Temer e Jair Bolsonaro).
A Mesa de Negociação Permanente é abrangente e envolve os dois fóruns nacionais dos servidores públicos: FONASEFE e FONACATE. Após as rodadas de reuniões e a definição do reajuste inicial serão abertas mesas setoriais, por categoria, e então servidores terão a oportunidade de recompor as perdas ocorridas nos últimos anos. “O que decidimos nas entidades de base será enviado para a FASSUBRA, que defenderá os interesses frente ao governo federal”, salienta Mota.
Antônio Bonfim, Coordenador de Comunicação da ASSUFBA, também estava presente, e afirmou que tudo ainda está em aberto nas negociações. A proposta do governo está colocada e a categoria tem a possibilidade refletir de forma pacífica e coletiva a melhor decisão a ser tomada, pois ninguém será capaz de construir uma solução sozinho.
Edinelvan Lima, Coordenador de Administração e Finanças da ASSUFBA, relembrou que a proposta parte de uma LOA (Lei de Orçamento Anual) organizada pelo governo anterior e que a categoria vem de um congelamento salarial de quase 30%. Sabendo disso, será preciso melhorar os termos que estão colocados e escolher a melhor opção com o futuro em mente.
Lima também reforçou a fala de Renato Jorge, destacando que aceitar a proposta de 7,8% faria com que a categoria saísse perdendo nas negociações do ano que vem. “Temos de discutir já com foco no panorama do ano que vem”, explicou.
RESOLUÇÃO
Ao final, Fernando Mota lembrou que é preciso fortalecer o apoio ao presidente Lula na luta contra os altos juros, e salientou que ainda estamos frente a um Congresso Nacional conservador, o que acaba requerendo ainda mais esforço e unidade por parte dos trabalhadores.
Renato Jorge reafirmou a importância da retomada da discussão a respeito da GEAP –Grupo Executivo de Assistência Patronal – para a categoria, já que muitos não conseguem pagar um plano de saúde, e que a ASSUFBA Sindicato defende não só o auxílio alimentação, mas também a inserção nas pautas universitárias do auxílio saúde e o auxílio creche, além do debate sobre a invisibilidade dos trabalhadores terceirizados dessas instituições, que também devem ter seus direitos assegurados.
O coordenador encerrou a Roda de Conversa enfatizando que a categoria não sairá de mãos vazias da negociação e que seguirão atentos aos movimentos do governo.
Perdeu a Roda de Conversa? Assista a Transmissão na íntegra:
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