Protesto contra alta dos juros toma a entrada do Banco Central em Salvador

Representantes de três Centrais Sindicais ocuparam a frente do Banco Central, na Av. Anita Garibaldi, na manhã desta quarta-feira (17), em protesto contra a possível retomada da alta dos juros. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Força Sindical e Nova Central, participaram do movimento conjunto que ocorreu em várias cidades brasileiras.

Centrais Sindicais protestam contra Juros. Foto Américo Barros

Centrais Sindicais protestam contra Juros. Foto Américo Barros

O objetivo das Centrais é pressionar o governo Dilma Rousseff para que o Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne nesta quarta-feira, não elevar a taxa Selic. As Centrais defendem que o combate à inflação não pode ser feito por meio da elevação da taxa de juros, sob o risco de gerar desemprego e frear o desenvolvimento do país.

O presidente da CTB-BA criticou o conservadorismo da política econômica do governo Dilma. Para ele, a alta da taxa Selic representará um “banho de água fria na geração de empregos”. Outro argumento do dirigente é que “a inflação não deve servir de pretexto para fortalecer o interesse do capital especulativo”.

Com repentistas cantanto em versos “mais empregos e menos juros”, o protesto exigeu a redução dos impostos também sobre os alimentos, considerando que a redução do IPI de carros e da linha branca não surtiram efeitos práticos na vida do trabalhador assalariado.

A taxa Selic está no patamar de 7,25% ao ano, o menor nível da história no Brasil, mas ainda considerado alto. Segundo os sindicatos, a queda dos juros impulsionou investimentos e gerou empregos. Eles explicam que a alta nos preços dos alimentos como tomate, farinha e feijão são efeitos da seca e não podem servir de pretexto para beneficiar os bancos e instituições financeiras.

Fonte: CTB-BA