Reforma de Temer quer idade mínima de 70 anos para aposentadoria
Pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto Vox Populi, publicadas em maio e junho 2016, respectivamente, apontam alta rejeição por parte dos brasileiros à Reforma da Previdência de Temer. A pesquisa da CNI indicou que 92% são contra a aposentadoria acima dos 60 anos e 77%, de acordo o Vox Populi, dizem que reforma só piorará a vida dos brasileiros.
Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras (CTB), Adilson Araújo, “o governo interino não tem o nosso apoio e nem da maioria da população para fazer essa reforma. As medidas que a gestão Temer quer implementar se voltam contra a classe trabalhadora e têm por objetivo impor o retrocesso neoliberal e satisfazer os interesses da burguesia e do imperialismo”.
Araújo ainda destacou que “as novas normas para aposentadoria viriam para prejudicar os trabalhadores e trabalhadoras e destruir a Previdência Social – agora subordinada ao Ministério da Fazenda -, abrindo caminho à privatização. Estabelecem em 65 anos a idade mínima para aposentadoria e desvinculam o reajuste dos benefícios da Previdência do aumento do salário mínimo. Isso compromete, por exemplo, o futuro da nossa juventude”.
Pacote post mortem
De acordo com a proposta do governo interino, os que entrarem no mercado de trabalho a partir da sanção da nova regra se enquadrarão integralmente na faixa de 65 anos. As regras de transição ainda estão sendo analisadas, mas devem levar em conta o tempo de contribuição dos trabalhadores e o período que falta para a aposentadoria.
Por exemplo, se um homem já contribuiu 30 dos 35 anos que determinam a lei atual e tem 50 anos, ele não terá que trabalhar mais 15 anos, até os 65. Haverá uma transição. O objetivo do governo é elevar a idade média das pessoas ao se aposentarem. Hoje, é de 54 anos.
Fonte: Portal CTB – Joanne Mota