REITORIA DA RURAL DO RIO É OCUPADA POR MELHORES CONDIÇÕES NOS CAMPI

As reivindicações vão desde melhorias na infraestrutura até a garantia de mais segurança

Na noite da última quarta-feira (13/3), mais de 150 estudantes ocuparam a reitoria da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em Seropédica. A manifestação ocorreu após uma assembleia geral estudantil chamada de “Caos na Universidade”. O objetivo do protesto é expor a falta de infraestrutura nos campi da instituição.

Entre as exigências estão a melhoria no abastecimento de água, mais segurança e iluminação. Segundo nota publicada na rede social do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRRJ, os estudantes decidiram pela ocupação para ganhar visibilidade. ‘’Queremos, assim, solicitar a fiscalização e análise das verbas recebidas por parte dos órgãos públicos responsáveis e sua não aplicação em melhorias na universidade’’, diz o manifesto.

Os estudantes produziram um dossiê contendo uma lista dos problemas e também imagens que retratam a precariedade de alguns departamentos da instituição. Laboratórios e instalações em péssimo estado, banheiros deteriorados e materiais, como pneus e vidros, descartados inadequadamente fazem parte do documento.

Em entrevista ao portal O Globo, o coordenador geral do DCE, Gustavo Pereira, afirmou que os alunos só deixarão o espaço mediante um acordo em que a reitoria se comprometa a buscar soluções emergenciais para os problemas relatados pelos alunos. ‘’ As questões são graves. No que diz respeito à segurança, por exemplo, chegamos a ter um assalto por dia dentro do campus em determinadas semanas. E essa situação já vem se agravando há cerca quatro anos sem que nada seja feito’’, contou.

Para o diretor da UNE, Renan Alencar, a manifestação é legítima. ‘’A situação que ocorre na UFRRJ não é de hoje. O que vemos é uma universidade com espaços inadequados para o ensino e a pesquisa. A reitoria precisa dar uma resposta satisfatória aos manifestantes. A UNE está nessa luta e irá levar o dossiê produzido pelos estudantes ao MEC para exigir providências’’, falou.

Fonte: www.une.org.br