Reunião do Comando de Greve dos servidores da UFBA avalia movimento

Nesta terça (31), o Comando de Greve dos servidores técnico-administrativos da UFBA realizaram uma reunião para avaliar o movimento que já tem 44 dias. A categoria discutiu sobre o posicionamento do governo e aguarda a orientação do Comando Nacional de Greve, que esteve reunido ontem com o Ministério da Educação. Após a reunião, os trabalhadores participaram do Ato Unificado dos Servidores Público Federais, realizado no centro de Salvador.

A reunião contou com a participação do Comando de Greve dos Estudantes da UFBA, que realizam a ocupação do prédio da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão (FAPEX) desde a última quarta (25/07). “Temos disposição para dialogar com a reitoria, porém a Administração Central da UFBA parece não compreender o caráter dessa greve. Nosso objetivo é negociar. No entanto, até o momento a única solicitação que a reitora fez ao comando foi que a ocupação do prédio continuasse, mas que fosse permitida a entrada dos funcionários”, explicou Yuri Brito, membro do Comando de Greve Estudantil e diretor do DCE/UFBA.

Foto: Eduardo Paranhos

A coordenadora de Comunicação da ASSUFBA, Cássia Maciel, reforçou o apoio à greve estudantil, mas pediu sensibilidade ao Comando de Greve em relação à folha de pagamento dos funcionários. “Estamos preocupados. Precisamos agir com cautela, sobretudo porque há uma disposição para colocar todos os problemas na conta dos movimentos de greve em curso”.

“Por um Serviço Público de Qualidade” – Os servidores saíram em passeata pelo centro da capital baiana para mostrar a insatisfação com o posicionamento do governo federal e alertar a sociedade sobre o sucateamento do Serviço Público. O conjunto dos trabalhadores também protestou contra o adiamento do prazo estipulado pelo governo para apresentar uma proposta concreta à categoria, inicialmente previsto para o dia 31 de julho. Através de ofício, o governo anunciou que as reuniões estão suspensas até o dia 13 de agosto, quando, segundo o documento, serão retomadas.

“Eles recuaram através de ofício. Essa postura intransigente do governo de não negociar tem nos levado a tomar medidas drásticas em relação à greve. Ocupamos a reitoria, a SAD. Vamos endurecer para que o governo preste atenção às nossas reivindicações e nos dê uma resposta concreta”, afirma Nadja Rabello, coordenadora geral da ASSUFBA.

O coordenador de Organização Sindical da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra Sindical) João Paulo Ribeiro, participou da reunião desta segunda (30) e ressaltou a disposição dos trabalhadores para fortalecer o movimento.

“O governo não avança porque está numa lógica de subserviência ao capital, adotando medidas conservadoras. A greve só vai terminar quando o governo apresentar uma proposta efetiva e positiva ao trabalhador. Caso contrário, não terá vestibular, não terá matrícula, vamos inviabilizar o segundo semestre. A disposição de luta ainda é muito grande da categoria. Não é possível que depois de quase 50 dias de greve não termos nenhuma proposta. Isso é uma falta de respeito com a categoria”, afirmou o dirigente.

Ascom Assufba Sindicato