Temer desiste de congelar os salários dos servidores até 2020

O funcionalismo público sai vitorioso esta semana após a desistência do presidente neoliberal Michel Temer de enviar ao Congresso Nacional uma Medida Provisória (MP) que adiaria para 2020 o reajuste dos servidores do poder executivo.

A decisão foi pautada diante da medida dos poderes Legislativo e Judiciário de aumentarem os próprios salários. Nesse jogo político, o Palácio do Planalto avaliou que a MP cairia entre os parlamentares pois a retirada do benefício salarial seria apenas do Executivo.

Em ano eleitoral, essa medida poderia se tornar comprometedora entre os parlamentares e seus eleitores.

Os reajustes irão impactar em R$ 11 bilhões o orçamento para 2019, considerando os servidores civis e militares. Inicialmente, o governo federal planejava que o reajuste dos salários fosse adiado apenas para os civis, que já sofrem com os salários mais baixos e congelados. A economia seria 6,9 bilhões, segundo o Ministério do Planejamento.  

Para 2019, é previsto que as despesas da União cheguem aos 322 bilhões com os servidores, agregando o montante de salários e encargos.