Trabalhadores da MCO se reúnem com diretoria para tratar da greve

Na sexta-feira (12/6), coordenadores da Assufba e servidores técnico-administrativos da Maternidade Climério de Oliveira (MCO) participaram de reunião com a diretora da unidade, Mônica Neri, para entregar o acordo de greve da categoria e tratar de temas referentes ao movimento.

Na ocasião, ficou definida a reavaliação da porcentagem de funcionários da UTI Neo e do Centro Obstétrico que trabalharão durante a greve e a marcação de nova data para apresentar essa escala, nos outros setores da MCO a força de trabalho será de 50% do efetivo de técnicos e as demandas da maternidade serão apresentadas nas mobilizações de rua.

O acordo de greve foi criado pelo Comando Local de Greve (CLG) da Maternidade e apresenta as reivindicações dos servidores, a exemplo de melhores condições de trabalho e a contratação de novos profissionais, pois a demanda na unidade de saúde é superior ao quadro funcional, o que tem gerado grande número de escalas extra e a sobrecarga de trabalho nos funcionários.

Segundo Antônio Valter, coordenador do Sindicato e trabalhador da Maternidade, o objetivo do encontro foi o de apresentar as demandas dos servidores da unidade e chegar a um consenso com a direção, para que as atividades não sejam prejudicadas._MG_0138

Os trabalhadores presentes expuseram as dificuldades enfrentadas na MCO, a exemplo da técnica de enfermagem Maria Aparecida, que relatou a situação da UTI Neo. “Existe uma sobrecarga enorme dentro do setor e a quantidade de dobra é inadmissível. Essa situação coloca os trabalhadores em risco. Precisamos que a direção reavalie e tome uma posição quanto a isso.”

O médico Paulo Gomes, que faz parte da gestão da unidade, declarou que a maternidade tem ciência dos problemas da UTI Neo e eles irão iniciar um trabalho específico para melhorar a situação no local.

A diretora da unidade, Mônica Neri, informou que a situação da maternidade já foi denunciada no Conselho Estadual de Saúde, no Mistério da Saúde e em todos os órgãos possíveis. Mas, como a MCO é um hospital de porta aberta, eles não podem deixar de atender os pacientes. A situação é tão crítica que, com apenas seis leitos de internação, a unidade já chegou ao ponto de ter 29 mulheres em trabalho de parto.

Os presentes indicaram a realização de uma audiência publica para apresentar a população a situação da Maternidade, com  a presença de gestores dos governos municipal e estadual.