Trabalhadores do COM-Hupes discutem a greve com foco na pauta local

 Em acordo com o encaminhamento do CLG/UFBA, trabalhadores apontam prioridade da situação crítica da falta de pessoal no HUPES

Na manhã da última segunda-feira (09/06), servidores do COM-Hupes e integrantes da Direção da Assufba Sindicato estiveram reunidos para tratar da complexa pauta da unidade hospitalar e dialogar sobre o encaminhamento da greve dos servidores técnico-administrativos da UFBA, que já passa dos 80 dias. O encontro definiu que, entre outros aspectos, será agendada uma reunião com o diretor do Hospital para tratar da extensa pauta local, além da transparência e respeito ao regimento na condução de novo processo de consulta para direção da unidade.

Entre os pontos de discussão da pauta local é possível destacar as precárias condições de trabalho; as irregularidades no concurso realizado pela Ebserh; a incerteza sobre a situação dos trabalhadores em desvio de função e com limitação de saúde; a ocupação de cargos diretivos com a chegada da Ebserh – a Assufba defende valorização do quadro da UFBA -; e a extensa carga horária.

Na abertura da reunião, a enfermeira do COM-Hupes e diretora do Sindicato, Luciana Santana, apresentou um panorama geral dos últimos encaminhamentos do movimento e declarou que a greve tem caráter diferenciado no Hospital, que tem um aspecto educacional e social forte. Ela lembrou ainda que, em todo o país, existem apenas dois hospitais universitários em greve.

“Nossa pauta busca a melhoria das relações de trabalho. O quadro de profissionais não dá conta da quantidade de pacientes aqui. Precisamos diminuir a jornada de trabalho e discutir a questão dos trabalhadores da Fapex, pois muitos não passaram no concurso da Ebserh devido a quantidade de horas trabalhadas, o que impossibilitou que eles estudassem mais”, afirmou Luciana Santana.

Pauta local foi discutida em encontro no Hupes

Pauta local foi discutida em encontro no Hupes

Coordenadora Geral da Assufba, Cássia Maciel situou os presentes sobre as atividades realizadas pelo Sindicato, o cumprimento da agenda direcionada pela Fasubra e a falta de perspectiva do movimento no sentido de avançar na negociação com o governo, que é praticamente nula. Ela falou ainda da assembleia geral desta quarta-feira (11), às 9h, na Faculdade de Arquitetura, que terá como pauta única a votação pela permanência ou não do movimento.

Para Almira Rosário, servidora do Hospital e diretora do Sindicato, existe uma insatisfação geral entre os trabalhadores do hospital, já que a mão de obra é reduzida para uma unidade tão complexa. Além disso, um ponto que deverá ser bastante discutido é a questão dos Turnos Contínuos. “Os trabalhadores estão na expectativa pela implantação da Comissão de Jornada de Trabalho. Temos trabalhadores aqui com jornada de 40 horas, principalmente na área administrativa. A situação tem causado transtornos para a categoria.”