“Vamos tocar a vida”, declara Bolsonaro ao falar das mortes pela Covid-19

A desumanidade de Jair Bolsonaro não tem limites. Depois de ironizar que o coronavírus era só uma gripezinha, questionar “E, daí? Quer que eu faça o que?” e tantas outras declarações, o presidente fez mais uma fala monstruosa sobre os quase 100 mil mortos pelo vírus. Ele declarou que o país precisa “tocar a vida”.

 “A gente lamenta todas as mortes, vamos chegar a 100 mil, mas vamos tocar a vida e se safar desse problema”, disse o presidente.

Sem embasamento científico nenhum, Bolsonaro ainda fez comparação da Covid-19 com a epidemia da Aids, causada pelo vírus HIV, durante a década de 1980. “Essa história do HIV é interessante fazer comparativo. Nós vivemos essa pandemia e os hábitos mudaram. As pessoas usam preservativo, diminui convivência social em alguns casos, trocam gilete no barbeiro. Isso tudo não existia. O HIV continua existindo, o maior se trata e vida que segue. Vai ser assim com o coronavírus”, afirmou.

O presidente voltou ainda a defender o uso da cloroquina no tratamento do coronavirus, corroborando com a fala do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre os médicos receitarem medicamentos indevidos. 

“Quem não quer tomar cloroquina, não tente proibir, impedir quem queira tomar, afinal de contas, ainda não temos uma vacina e não temos um remédio comprovado cientificamente”, disse. “Muitas doenças estariam sem cura se o médico não tivesse a liberdade de trabalhar fora da bula”, complementou o presidente.