XXII Confasubra tem início com análise da conjuntura e discursos a favor da greve

Por conta de atrasos devido a problemas decorrentes do credenciamento de alguns sindicatos da base, o XXII Confasubra teve início na manhã da terça-feira (05/05).  De acordo com a organização, a expectativa para o número de participantes continua grande, e são esperados mais de 1.200 pessoas, entre delegados, observadores e convidados.

A programação do Congresso foi modificada em função do atraso no primeiro dia, sendo reorganizados os horários das mesas de discussão. O objetivo é possibilitar que os principais assuntos de interesse da categoria sejam abordados durante o Confasubra. A Assufba Sindicato está presente no encontro, com a participação de 70 delegados d universidades federais instaladas na Bahia.

Durante a abertura do encontro, foi possível perceber que há consenso em favor da necessidade da greve e do fortalecimento da luta contra os ataques aos direitos dos trabalhadores. Não casião, João Paulo Ribeiro, da CTB, afirmou que “a construção da unidade é um elemento fundamental para a vitória dos trabalhadores”.

Jocélio Drumont, da ISP (Internacional do Serviço Público) e Fernando Rodal, da CEA (Confederação de Educadores Americanos) pregaram a unidade e a solidariedade na luta dos trabalhadores na América Latina. Gibran Jordão, coordenador geral da Fasubra, disse que este é o maior Congresso da Federação, afirmando que “estamos aqui para discutir e aprovar um plano de lutas e precisamos construir uma greve unificada com os servidores públicos federais”.

Paulo Henrique Santos, coordenador geral da Fasubra, lembrou que a Federação tem uma história de lutas por direitos, pela diversidade e inclusão. Finalizando, Rogério Marzola, também coordenador geral, reafirmou a necessidade de construir uma greve para garantir os direitos e avançar em outros pontos, “pois não é possível acreditar em um governo que só diz não aos trabalhadores”, finalizou.

Repúdio ao governador Beto Richa

Em uma das falas de abertura do Congresso, a ação do governador do Paraná, Beto Richa, de enviar a tropa de choque da Polícia Militar para atacar os educadores e servidores públicos estaduais, que faziam uma manifestação pacífica em frente à Assembleia Legislativa, foi fortemente repudiada.

Análise de Conjuntura

Ainda no período da manhã, foi realizada a análise de conjuntura, um dos pontos fortes do Confasubra, pois situa o cenário social, político e econômico em que se darão as lutas da categoria.

Celso Carvalho afirmou que esse é um período histórico importante, onde a luta de classes é organizada pelo neoliberalismo que define a política econômica e ainda governa o mundo. Para ele, a direita e a ultra-direita estão se reorganizando, principalmente depois da Operação Lavajato, e que o fruto desta reorganização da direita são os ataques aos direitos dos trabalhadores, aos 40 milhões de homens e mulheres que foram trazidos para a classe trabalhadora e a qualquer possibilidade de um projeto de governo progressista.

João Paulo explicou o panorama da crise mundial, em que os trabalhadores são atacados e massacrados em função da necessidade de se aumentar os lucros dos grandes capitalistas. A forte crise econômica obriga que se retirem direitos em todos os países em função de manter os lucros altos, pois há um esgotamento dos recursos.

Ele lembrou, também, que a mídia golpista, que não está só no Brasil e sim em toda a América Latina, tem atacado os movimentos sociais e sindicais e saindo em defesa dos interesses das grandes empresas, e que isto tem que ser considerado. Ele sinalizou, ainda, que a saída da crise não será por meio de terceirização ou retirada de direitos.

 

Com informações da Fasubra