Anvisa nega pedido de importação da Sputnik V e alega riscos à saúde e falta de documentação

Com alegação de possíveis riscos à saúde e falta de documentações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou os pedidos de importação da vacina russa Sputnik V, solicitada por 14 estados brasileiros. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (26/04), pela diretoria da Agência.

A Anvisa decidiu por rejeitar a Sputnik V após analisar o pedido de cerca de 30 milhões de doses por 10 estados: Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Sergipe, Pernambuco e Rondônia.

O instituto responsável pelo imunizante russo, o Instituto Gamaleya, se posicionou nas redes sociais em defesa da vacina. Eles pontuaram que a Sputnik V já foi autorizada em 61 países, com populações de mais de 3 bilhões de pessoas. A entidade também confirmou que todas as documentações foram enviadas para a Anvisa e que foram “muito mais do que o utilizado para homologar a Sputnik V em 61 países”.

O Instituto ainda argumentou que testes foram realizados em diferentes países para que provassem a eficácia da vacina. “Testes clínicos em 5 países e vacinação no mundo real em mais de 40 países mostraram que a Sputnik é uma das vacinas mais seguras e eficientes do mundo. México, Argentina, Hungria e outros compartilharam publicamente dados de que a Sputnik V é a escolha mais segura”.

Outros estados também solicitaram o imunizante, como Amapá, Ceará, Maranhão e Piauí. O Supremo Tribunal Federal determinou que a Anvisa se posicione, até o dia 28 de abril, sobre o pedido do estado maranhense. Decisões semelhantes foram aplicadas para os outros estados, que aguardam as resoluções.