ASSUFBA debate greve na MCO

Com grande representatividade da categoria, os servidores técnicos -administrativos realizaram reunião na Maternidade Climério de Oliveira, na manhã desta quarta (03) para discutir o funcionamento da unidade durante a greve. A diretoria da MCO foi convidada pela ASSUFBA para participar da reunião.

Os servidores debateram sobre quantitativo, escala de greve e aspectos como o APH. “Nós somos contra o APH porque aumenta a carga horária do trabalhador, o atinge pelo bolso, mas não é incorporada ao salário, servindo, sim muitas vezes, como moeda de troca”, argumentou Cássia Virginia Maciel, coordenadora de Comunicação da ASSUFBA. A coordenadora ressaltou ainda que a ASSUFBA pretende questionar oficialmente o fato de as escalas de APH não estarem sendo fixadas em locais visíveis ao público, conforme o Decreto Nº 6836/09 que determina “Art. 15. As escalas de plantões referidas no art 9o deverão ser afixadas em quadros de aviso em locais de acesso direto ao público, inclusive no sítio eletrônico de cada unidade hospitalar e do Ministério ao qual a unidade esteja vinculada”.

A diretora da unidade, Dra Mônica Neri, expôs para a categoria que a Maternidade enfrenta déficit de pessoal, com uma carência muito grande de profissionais, principalmente na área de neonatal, o que significa que qualquer alteração no atendimento vai impactar diretamente na rede. “Por esse motivo, peço um olhar muito peculiar com relação à Maternidade. Se nós pararmos, vai comprometer gravemente o atendimento. E como trabalhamos com metas, e recebemos os recursos antecipado, se não atingimos o quantitativo, eles fazem um corte no próximo mês, e, conseqüentemente, não honraremos com o pagamento da folha”, ressaltou.

A questão foi debatida e a coordenadora de Comunicação da ASSUFBA esclareceu a diretora da Maternidade que uma avaliação será feita, deixando claro que a Greve foi feita de forma responsável no primeiro momento e que a categoria quer conduzir nesse segundo momento da mesma maneira.

Engajamento

Os servidores debateram várias propostas, mas continuaram defendendo a Greve como instrumento legítimo. “Ninguém faz greve por fazer. Estamos fazendo em defesa dos Hospitais e porque somos o pior salário do Serviço Público Federal”, enfatizou Maria Luisa, coordenadora de Formação Sindical da ASSUFBA e representante da seção ASSUFBA do COM-HUPES.

O coordenador financeiro da ASSUFBA, Antônio Valter Almeida da Silva conclamou a categoria para a necessidade do engajamento. Outra questão amplamente debatida, mas que não deixa de ter ligação com o atual momento diz respeito à necessidade de reformulação do regimento interno da MCO, no sentido de fortalecer a Autonomia da Maternidade, inclusive com a implantação do Conselho Gestor conforme a normatização do Conselho Nacional de Saúde.

Ficou decidido também como atividade de Greve a realização de um Seminário sobre os atuais desafios dos Hospitais Universitários, Feira de Saúde a ser organizada na Praça de Nazaré e a busca da convocação de uma Audiência Pública na Câmara de Vereadores sobre os HU’s vinculados à UFBA.

Ascom ASSUFBA Sindicato
03/08/2011