ASSUFBA debate Turnos Contínuos na Reitoria e pede justiça no caso Selma
A atividade do dia nacional de lutas dos servidores técnico-administrativos da UFBA convocada pela ASSUFBA Sindicato começou na reitoria da universidade com um amplo debate sobre Turnos Contínuos e Autonomia Universitária, na manhã do dia 15. A ASSUFBA coordenou os trabalhos e teve como entidades convidadas, o APUB – Sindicato dos professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia e PRODEP – Pró-Reitoria de Desenvolvimentos de Pessoas, e a Fasubra Sindical.
A atividade que faz parte da agenda nacional de lutas da categoria, que está em Campanha Salarial, só foi iniciada após um minuto de silêncio em homenagem à servidora da UFBA, Selma Barbosa Alves, assassinada na madrugada do dia 12, no bairro do Costa Azul.
Antes do debate sobre Turnos Contínuos, o coordenador de Organização Sindical da Fasubra, João Paulo Ribeiro, falou aos servidores da intensa campanha feita pela entidade e que está protocolando a pauta de 2013 todos os dias no MEC. “Estamos lutando pela capacitação e qualificação dos servidores das IFES para que possam ter uma melhora em seus salários”.
O coordenador da Fasubra disse ainda que a categoria precisa voltar a ocupar as ruas para mostrar seu descontentamento. “O momento é de luta com a certeza da vitória”.
Debate
A coordenadora de Comunicação da ASSUFBA, Cássia Virginia Bastos Maciel, abordou a importância da Jornada de Turnos Contínuos na UFBA. “É preciso voltar o pensamento para a qualidade de vida do servidor. Com o aumento do tempo livre podemos investir no individual e institucional, em programas de desenvolvimento e capacitação”.
A coordenadora da ASSUFBA salientou ainda que não é possível um Órgão de controle externo – a CGU (Controladoria Geral da União), sugerir ou recomendar algo que são as especificidades de um servidor de universidade, referindo-se à auditoria feita pela CGU na Universidade em relação à jornada de Turnos Contínuos. “Querem nos tratar como se todos os servidores tivessem as mesmas características, interferir no que diz respeito unicamente à Autonomia universitária”.
A representante da PRODEP, Rosilda Arruda, referindo-se aos Turnos Contínuos disse que a universidade precisa ter autonomia. “Mas isso não quer dizer que vamos conseguir resolver tudo. Percebemos as nossas necessidades nas unidades, mas nunca se ganha nada de graça, de doação, sempre é com muita luta”.
Para Cláudia Miranda, presidente do APUB, o corpo docente tem a necessidade de servidores durante o turno noturno. “Temos muitos cursos à noite, então é necessário aprofundarmos o debate e nos unirmos para termos uma participação mais decisiva nos rumos da universidade. Temos que unificar nossas lutas por uma universidade mais justa para todos”.
Cássia Virginia destacou que será decisiva e importante essa união de forças na luta pelos Turnos Contínuos, que até então, era uma luta solitária da ASSUFBA.
Renato Jorge, coordenador geral da ASSUFBA Sindicato diz que a luta é grande por conta da agenda da classe trabalhadora nas IFES e que uma nova greve não está descartada esse ano, caso os servidores não tenham uma resposta efetiva às suas reivindicações até 30 de agosto.
Protesto
Após o debate, encerrado por volta das 11h da manhã, a categoria saiu em passeata pelas ruas do centro de Salvador para reivindicar justiça e punição aos assassinos da servidora Selma Barbosa Alves. Com faixas, cartazes e fitas pretas mostrando o luto da categoria, os servidores seguiram em direção ao prédio da Polícia Civil, na Piedade. Lá, os trabalhadores da UFBA se concentraram e cantaram o Hino Nacional e clamaram por segurança na capital baiana e mais rigor na punição aos assassinos da servidora da UFBA.
Fonte: Ascom ASSUFBA Sindicato