ASSUFBA Sindicato participa do ato de Combate à Intolerância Religiosa

O Dia da Intolerância Religiosa, realizado no mês de janeiro, lotou o Salão da Reitoria da UFBA, em Salvador, e contou com a presença de representantes dos mais variados cultos, crenças e religiões. A ASSUFBA Sindicato se fez presente no ato que marcou a celebração do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, realizado no sábado (21), às 9h.

O evento – parte do projeto “Unidos Contra a Intolerância Religiosa” – foi uma iniciativa da Ouvidoria da Câmara Municipal de Salvador, através da vereadora do PC do B, Olivia Santana, em parceria com o Centro de Educação e Cultura Popular (Cecup) e a União de Negros pela Igualdade (Unegro), que homenageou o Terreiro Zogbodo Male Bogun Seja Unde, também conhecido como Roça do Ventura, pela luta que vem travando contra a intolerância religiosa.

Foto: Américo Barros

Desde 2010, a Roça do Ventura, que funciona em Cachoeira, e é um dos mais antigos terreiros de candomblé do país, luta contra a invasão das suas terras. “Uma perseguição que nos deixa indignados e é um alerta para a situação”, reflete Antônio Bomfim Moreira, coordenador de Formação Sindical da ASSUFBA Sindicato.

“O Dia da Intolerância Religiosa instituído a partir de uma lei criada pelo Congresso Nacional é um passo importante para combater a intolerância e todas as questões que a envolvem. A perseguição religiosa remonta da Idade Média, não é nada novo, a história volta a se repetir. Por isso, nada mais decisivo que uma lei para impedir essas distorções”, argumenta Umberto Bastos, servidor da UFBA e representante de religião afro-brasileira.

Para a ASSUFBA Sindicato, a luta contra a intolerância religiosa é antiga e incessante. “Não podemos fraquejar nunca. É um estado de vigilância constante. O racismo e a intolerância são dois dos problemas mais antigos da humanidade e profundamente enraizados que as nações do Hemisfério Ocidental enfrentam até hoje”, alerta Paulo Vaz, coordenador Jurídico da ASSUFBA Sindicato.

Paulo Vaz afirmou ainda que a intolerância religiosa remete a atitudes ofensivas com as diferentes crenças e religiões e, em casos extremos, esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição, um crime que fere a liberdade e a dignidade humana. “A perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em comum algumas crenças. Então, é preciso estar alerta contra tudo isso. Por este motivo, a ASSUFBA quis participar desse momento e contribuir com os debates sobre o tema”.

A deputada federal pelo PC do B, Alice Portugal, também presente ao evento, ressaltou a luta da bancada do PC do B no Congresso Nacional para instituir o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, mas afirma que esse trabalho tem que ser diário. “Temos que respeitar cada credo, cada escolha. Não podemos mais suportar atitudes que discriminam”.

31/01/2012
Ascom ASSUFBA Sindicato .