Ato cultural por direitos e democracia reúne mais de 15 mil pessoas em Salvador

As ruas do centro de Salvador foram tomadas por faixas e bandeiras na tarde desta quinta-feira (20). Mais de 15 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, atenderam à convocação dos movimentos sociais e participaram do ato cívico e cultural em defesa da democracia e por mais direitos. Incialmente marcado para a Piedade, o evento precisou ser realocado para a Praça Castro Alves devido ao grande número de participantes.

Este foi um dos maiores eventos organizados pelo movimento social baiano nos últimos anos e contou com a representação de dezenas de segmentos da sociedade civil organizada. O movimento de mulheres, negro, LGBT, estudantil, da luta pela terra e por moradia, além de mais de 60 sindicatos de trabalhadores, se fizeram presentes no ato. As centrais sindicais CTB, CUT e Intersindical e os partidos políticos PT, PCdoB e PSB também se engajaram no movimento, que ganhou o apoio da Arquidiocese de Salvador, representada pelo Padre José Carlos, responsável pela organização do Grito dos Excluídos.

“O movimento de hoje não é desta ou daquela entidade. É de todos aqueles que defendem a democracia, independentemente de qual setor da sociedade pertença. A manifestação de hoje mostrou isso. Mostrou também que o povo e os movimentos que organizam a luta do dia a dia da sociedade não vão aceitar qualquer tipo de golpe contra a presidenta Dilma”, avaliou o presidente da CTB Bahia, Aurino Pedreira.

Para Aurino, os atos desta quinta-feira representam apenas um primeiro passo na luta para proteger o regime democrático no país. “Colocamos o povo na rua, mas queremos trazer também outros setores importantes para esta luta. Queremos também que a presidenta entenda a necessidade de se aproximar mais dos movimentos sociais para garantir que as conquistas dos últimos anos continuem avançando”.

Do alto dos seus 82 anos, Waldir Pires ressaltou a importância da defesa da democracia, lembrando que a ela não existe se vale apenas para uma parcela da população. “a democracia tem que ser para todos ou é apenas uma democracia de merda. Eu dediquei minha vida à luta pela democracia de fato e vou morrer assim, lutando para que todos tenha