Aumento da conta de luz é resultado da falta de preparo e investimento por parte do governo federal

O aumento da conta de luz nada mais é do que consequência da falta de investimento do governo Bolsonaro em estudos e medidas de prevenção diante da escassez hídrica. A reflexão foi apontada pelo o professor do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), Wagner Ribeiro.

O que motivou a resolução do professor foi a declaração do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que fez um pronunciamento em rede nacional, confirmando que a crise de energia no país “se agravou”.

Para Albuquerque, a única responsabilidade de conter os grandes gastos está nas mãos da população. O chefe da pasta pediu o uso “consciente e responsável” de energia. “Reduzindo a utilização de equipamentos que consomem muita energia como chuveiros elétricos, condicionadores de ar e ferros de passar”, declarou, sem saber que a porcentagem da população brasileira que tem itens como estes dentro de casa é a mínima.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou no dia 31 um aumento de quase 50% sobre a conta de luz. A nova bandeira, chamada de bandeira de escassez hídrica, terá uma taxa no valor de R$ 14,20 por 100 quilowatt hora. A tarifa ficará em vigor até 30 de abril de 2022.

Com a mudança, o consumidor brasileiro pagará até R$ 4,71 a mais (49,6%) em relação ao reajuste anterior, em junho, quando a conta de luz já havia aumentado de R$ 6,24 para R$ 9,49 pela bandeira tarifária vermelha patamar 2.