Baixo número de mulheres da Câmara interfere nas políticas alternativas para o gênero na sociedade

O baixo número de mulheres no Congresso Nacional é um fator que diminui a representatividade em projetos e propostas de melhorias nos direitos sociais para o próprio gênero. A representação feminina na política está longe de equivaler ao peso das mulheres na sociedade. Elas são 52,5% dos eleitores, mas têm apenas 15% das vagas do parlamento brasileiro.

Atualmente, das 513 cadeiras da Câmara, 77 são ocupadas por deputadas. Já o Senado possui apenas 12 mulheres eleitas entre as 81 vagas disponíveis. Essa baixa representação de mulheres no Congresso é retratada, por exemplo, no Mapa das Mulheres na Política. Segundo o estudo, de 2020, da ONU e da União Interparlamentar (UIP), o Brasil ocupa o 140º lugar no ranking de representação feminina. Desse modo, fica à frente apenas de Belize (169º) e Haiti (186º) nas Américas.

Levantamento da plataforma Elas no Congresso, criada pela Revista AzMina, mostra que a desigualdade na representação também influencia negativamente no dia a dia das mulheres. Em 2019, por exemplo, foram 331 projetos de lei propostos no Legislativo federal referentes aos direitos das mulheres. Entretanto, de acordo com a revista, um a cada quatro projetos é desfavorável às brasileiras, pois a maioria dos PLs é apresentada por deputados.
 
*Com informações da Rede Brasil Atual.