Bolsonaro ameaça cortar investimentos das ciências humanas na universidades

Jair Bolsonaro afirmou que o governo federal deve “descentralizar” recursos para área de humanas, como filosofia e sociologia na universidades. Como de costume, o presidente utilizou o Twitter para comunicar. O objetivo da ação do governo é, segundo o post, “focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte”, como veterinária, engenharia e Medicina.

Em entrevista ao jornal paulista Estadão, o ministro da Educação recém empossado, Abraham Weintraub, já havia feito críticas aos investimentos na área das ciências humanas. Ele disse “Precisamos escolher melhor nossas prioridades porque nossos recursos são escassos. Não sou contra estudar filosofia, gosto de estudar filosofia. Mas imagina uma família de agricultores que o filho entrou na faculdade e, quatro anos depois, volta com título de antropólogo?”

O Ministério da Educação (MEC) é responsável por enviar recursos para as mais de 60 universidades federais do país. A política, se colocada em prática, afetará principalmente pesquisas nas áreas de humanas. Os professores e e pesquisadores podem sofrer corte de bolsas, por exemplo, a maioria delas também controlada por órgãos do MEC.

Não satisfeito com os desmandos, o ministro Weintraub também já disse que é preciso combater o chamado marximo cultural nas universidades, conceito vago que na prática inexiste.