Bolsonaro apela a médicos cubanos para atender a cobertura do coronavírus no Brasil

Diante da pandemia do Covid-19 (novo coronavírus), decretado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o governo Bolsonaro pede socorro à volta dos médicos cubanos para o programa Mais Médicos. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou que serão chamados todos os médicos cubanos que estavam trabalhando no programa, além de estudantes de medicina.

Ao todo, serão 5.811 vagas para atuarem na cobertura do coronavírus nos postos de saúde, no edital lançado pelo Ministério da Saúde. As vagas vão ser distribuídas entre 1.864 municípios de todo o país, além de 19 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).

 

História

Os médicos cubanos deixaram o Brasil em 2018 depois de sofrer ameaças e retaliações quando Bolsonaro foi eleito. Ele afirmava que o programa tinha objetivo de “formar núcleos de guerrilhas”.

Em resposta, o Ministério da Saúde cubano anunciou naquele ano que não participaria mais do programa, em protesto contra Jair Bolsonaro.

“O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, com referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos, declarou e reiterou que modificará os termos e condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização Pan-Americana da Saúde e ao acordo desta com Cuba, ao questionar a preparação de nossos médicos e condicionar sua permanência no programa à revalidação do título e como única forma de se contratar individualmente”, dizia o texto do Ministério da Saúde cubano.