Chefas de família têm mais dificuldade no mercado de trabalho, aponta Dieese

O Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – divulgou estudo especial em que aponta as principais dificuldades no mercado de trabalho para mulheres que precisam sustentar a família.

Segundo os dados, oriundos do 3ª trimestre de 2022, elas são maioria na chefia das casas brasileiras, ocupando cerca de 50,8% dos lares, um pouco mais de 38 milhões de famílias. As mulheres negras, por sua vez, são maioria dentro destes lares, sustentando mais de 21,5 milhões de núcleos familiares (56,5%).

As mulheres também ocupam a liderança nos índices de pessoas subocupadas (que não trabalham com carga horária regular), com 7,8%, e ainda são as que ganham menos, cerca de 21% a menos do que os homens. Segundo o Dieese, todo esse quadro faz com que a situação de vulnerabilidade da mulher seja perpetuada, já que por conta disso, milhares de jovens acabam tendo que abandonar os estudos e tentar o mercado de trabalho para ajudar no sustento da casa.

Os últimos anos, sob os governos de Michel Temer e Bolsonaro, trouxeram ainda mais retrocessos e desafios, com o corte de investimentos e políticas públicas capazes de gerar empregos, saúde, e qualidade de vida à essas mulheres. O departamento ressalta que será necessário refazer pontes, reforçar políticas de igualdade de gênero e reduzir a desigualdade ecônomica para tentar reverter o quadro de disparidade entre homens e mulheres no país.