Contra o assédio sexual e pelo fim da cultura do estupro, mulheres vão às ruas exigindo respeito neste 8 de março

Infelizmente, se tornou rotina a divulgação de números expressivos relacionados às violências contra as mulheres no dia a dia. Sejam em suas casas, no trabalho, nas ruas, no transporte coletivo, festas e outros ambientes, a mulher não se sente segura. Em 2018, por exemplo, o Ligue 180 (central de atendimento à mulher) registrou quase 93 mil casos de agressões às mulheres. Por isso, neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, será mais uma oportunidade de conscientizar a sociedade sobre a importância de se combater o problema. 

A ASSUFBA reafirma a importância da presença das mulheres e de toda sociedade nas ruas deste 8 de março para levantar a bandeira em defesa dos direitos e do respeito às mulheres do país. Em Salvador, a concentração será às 9h, na Barra (Cristo), e seguirá com uma marcha até o Farol da Barra.

De acordo com informações do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, 92.663 mulheres utilizaram o serviço prestado pela central de atendimento à mulher no ano de 2018. Diante deste número, o órgão ainda não consegue criar medidas eficientes para o combate à prática. Exemplo disso, em 2019, a pasta reduziu os repasses para o principal programa de combate: Casa da Mulher Brasileira.

Projeto inaugurado em 2015, o Casa da Mulher Brasileira vem sofrendo com o baixo orçamento. Entre seu período de início até 2019, os pagamentos destinados às situações de violência reduziram de R$ 34,7 milhões para R$ 194,7 mil, segundo levantamento do Estado de S. Paulo.

Em 2019, o instituto Locomotiva e Patrícia Galvão concluiu uma pesquisa em que mostra que 97% das mulheres com mais de 18 anos já foram vítimas de assédio sexual no transporte público, por aplicativo ou táxi. No ano anterior, o Datafolha realizou um levantamento que divulgou que 16 milhões de mulheres acima de 16 anos já sofreram alguma brutalidade. O local mais registrado para os acontecimentos são nas próprias casas das vítimas (42%).