Direção da Assufba reúne servidores em Estágio Probatório

Período da Greve intensifica conflitos e dúvidas sobre a participação no movimento

Nesta terça (27), a ASSUFBA Sindicato promoveu uma reunião com os servidores recém-ingressos na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Foto: Eduardo Paranhos

No encontro realizado na Faculdade de Arquitetura, a coordenação informou sobre a nota técnica emitida pelo Ministério do Planejamento e divulgada pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento de Pessoas (PRODEP/UFBA), que trata da prorrogação do período do estágio probatório em função de licenças e afastamentos do servidor. Foi abordada também a percepção que estes servidores tem do trabalho na instituição neste período.

Muitos relatos indicam que nossa Universidade precisa avançar muito na democratização das relações internas, são muitos os problemas como desvios de função,dificuldades de liberação para Capacitação/Qualificação e diversos casos de constrangimento. Na UFBA, há um contingente significativo de servidores em estágio probatório e funcionários terceirizados. Esse contexto somado à desinformação e pouca solidariedade entre colegas abre espaço para as práticas que muitas vezes se configuram como assédio moral, mas que os servidores ainda temem informar ao sindicato.

“Trata-se de uma das formas mais terríveis de violência sutil nas relações organizacionais, que se verifica pelas vias de práticas perversas e arrogantes das relações autoritárias. Quando entrei na UFBA, em 1980, um servidor não podia entrar no elevador se um docente lá estivesse. A luta constante pelos nossos direitos conquistou mudanças”, enfatiza Nadja Rabello, coordenadora geral da Assufba.

De acordo com o coordenador de Formação Sindical da ASSUFBA, Antonio Bomfim Moreira, a solução desses conflitos não está apenas nos dispositivos legais, mas na conscientização seja da vítima e também do agressor. “Nós divulgaremos as informações coletadas nesta reunião. Não podemos permitir essa postura autoritária em nossa universidade”, destacou.

Já a coordenadora de Comunicação, Cássia Maciel, pontuou sobre a identidade de classe, para possibilitar a união contra o assédio moral e falou sobre a visão dos servidores em relação ao sindicato. “Estes desdobramentos de assédio moral refletem negativamente na saúde. É aqui que entra o papel do sindicato na defesa do servidor e mais ainda na divulgação das orientações para evitar o assédio. A solidariedade entre colegas é maior arma contra o assédio”

Sobre a Nota Técnica, a ASSUFBA, já solicitou parecer da Assessoria Jurídica do Sindicato, bem como audiência com a PRODEP para esclarecimentos.

Confira a NOTA TÉCNICA do MPOG divulgada pela PRODEP.

27/06/12
Ascom ASSUFBA Sindicato