Durante mesa sobre assédio moral, ASSUFBA Sindicato reafirma a responsabilidade da UFBA em construir políticas permanentes de combate ao assédio moral

Assunto frequentemente combatido e discutido pela ASSUFBA, o assédio moral foi tema de mesa da Semana do Servidor da UFBA, na tarde desta terça-feira (26/10). Para o Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge, “cabe a toda a comunidade universitária coibir a prática do assédio moral em nossa instituição, e a gestão da Universidade criar uma política permanente de enfretamento a todo tipo de assédio”.

Renato afirma ser inadmissível que no ambiente da educação haja ações autoritárias e abusivas. Em muitos casos, os servidores que sofrem assédio moral chegam a adoecer, por conta do processo de desgaste. Para ele, é preciso agir coletivamente para combater o ambiente de degradação. “Não podemos ser omissos ao permitir que em uma instituição como a nossa essa prática aconteça. É preciso dialogar com a universidade e com a gestão de pessoas. Não podemos permitir que a impunidade impere”, disse.

O Coordenador da ASSUFBA propôs que a UFBA promova uma política institucional, com realização de campanhas de combate ao assédio moral e medidas de prevenção, e ofereça cursos de capacitação para os servidores, Administração Central, pró-reitorias, superintendências e gestores. Além disso, que seja criada uma comissão para apurar as denúncias e dada estrutura à Prodep para fazer a abertura dos processos, combater a prática, impedir a impunidade e dar suporte administrativo e psicológico ao trabalhador.

Durante a mesa “Assédio moral e as repercussões para as condições de trabalho”, o professor José Roberto Heloani também afirmou que “temos que combater as intolerâncias e as formas abrasivas nas quais fomos imersos, que fazem com que adoeçamos física e mentalmente”. Ele fez um paralelo entre o adoecimento e a conjuntura de ataques em que os servidores são inseridos.

O presidente da APUB, Emanuel Lins, ressaltou que boa parte dos casos de assédio moral na universidade tem ligação com a sobrecarga e extrapolação da jornada. Ele também acredita que a UFBA precisa ter uma política mais consistente relacionada à prevenção e ao combate da prática.

A ASSUFBA tem profunda preocupação com o assunto. Já promoveu debates com especialistas para discutir o tema, confeccionou material informativo para as redes sociais e as unidades da UFBA no intuito de conscientizar os técnicos sobre a importância da denúncia, além de ter produzido uma cartilha sobre o assédio moral. Para além disso, nas diversas reuniões que o Sindicato participou com a gestão da universidade, a entidade reafirmou que a instituição precisa promover um ambiente de trabalho seguro para os trabalhadores e criar uma política institucional para combater o assédio, com normatizações e instrumentos para que o servidor possa denunciar e se proteger, e assim evitar que fique exposto por ter feito a denúncia e sofra retaliações.

A ASSUFBA continua lutando para que o ambiente de trabalho dos servidores seja seguro e com condições adequadas para garantir a saúde física e mental da categoria.

Confira os materiais produzidos pela ASSUFBA: https://tinyurl.com/4abx7p86