Em Dia Nacional de Paralisações, Técnico-Administrativos das Universidades Federais da Bahia reforçam necessidade de mobilização

Conscientes da necessidade da reação imediata para conter os ataques de Temer aos serviços públicos, os Técnico-Administrativos em Educação da UFBA se reuniram, nesta quinta-feira (14/09), Dia Nacional de Luta e Paralisações, em assembleia, na Faculdade de Arquitetura, para debater estratégias de enfrentamento e mobilização contra o governo mais corrupto da história do país.

Na mesma data, houve movimentações na UFRB, UFOB, UNILAB e UFSB. O Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge, iniciou a assembleia afirmando que a situação imposta ao funcionalismo público agora se assemelha ao vivido pela categoria na década de 80. Ele lembrou que, à época, os trabalhadores da Universidade chegavam a receber complementação para alcançar o salário mínimo.

Os coordenadores do Sindicato Antonio Bomfim Moreira e Lucimara da Silva leram os informes nacionais da FASUBRA sobre as manifestações contra o pacotão de maldades de Temer e do calendário de lutas. Inclusive, caravaneiros da base da categoria somados à direção nacional da Federação fizeram um grande ato em Recife (PE) contra a agenda regressiva.

Preocupada com a situação dos aposentados diante da conjuntura, a coordenadora da ASSUFBA, Maria Dolores Brito, afirmou que “parece que voltamos no tempo. Se perdermos a paridade, não teremos mais autonomia financeira. Temos de engrossar a luta em defesa dos direitos”.

Na mesa dos trabalhos, Adele Geisa Boliveira, servidora do ISC, disse que está na luta não só em defesa da Universidade, mas também da população, sobretudo, a mais carente. A ASSUFBA faz uma importante defesa histórica dos trabalhadores e da educação pública. Já Murilo Andrade, do IHAC, afirmou que o governo impõe dificuldades para que a UFBA cumpra a sua missão enquanto instituição pública de ensino, com qualidade, mais democrática e mais acessível. “Não lutamos apenas por melhores condições de trabalho, mas pela existência das próprias universidades e dos serviços  públicos”.

 

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Próximas ações

No que diz respeito à opinião da categoria sobre a polêmica instalada para a Plenária Nacional da FASUBRA, que acontece entre os 15 e 17/09, em Recife (PE), a assembleia decidiu que os delegados ficam comprometidos com a decisão esmagadoramente majoritária de concentrar todas as forças possíveis, visando a unidade dos trabalhadores nas lutas emergenciais que precisam fazer o enfrentamento e dar respostas aos ataques do governo Temer em curso, indicando o adiamento do Congresso da Federação, mas mantendo o calendário de realização do mesmo no final deste ano sob a observação criteriosa e cuidadosa de todos os sindicatos de base e da direção nacional da FASUBRA em função da complexidade da conjuntura política do país muito instável e fluída, que muda a todo instante.

Confira as próximas ações:

19/09 – Ato, às 9h, na MCO em conjunto com os trabalhadores da Ebserh

21/09 – Ato na frente da Prodep pela incorporação imediata da parcela da Hora Extra Incorporada

22/09 – Ato ‘Primavera de Lutas – Se você não lutar, não vai se aposentar’, às 9h, na praça da Piedade

 

Além das atividades, a ASSUFBA se comprometeu em fazer debates mais aprofundados sobre o ponto eletrônico e a CAJ (Comissão de Ajuste de Jornada); assédio moral; condições de trabalho nos Hospitais Universitários e violência no ambiente de trabalho.

Em parceria com a APUB e o DCE, o Sindicato também pretende realizar uma assembleia universitária e outras ações conjuntas. Outra iniciativa é colocar um Tesourômetro na Reitoria da UFBA com dados dos cortes orçamentários impostos por Temer à instituição.

Fotos: Américo Barros/Focos Filmes