Em dois anos, mais de 100 mil funções no serviço público deixaram de existir

O governo de Jair Bolsonaro busca desconstruir o funcionalismo público, para assim incentivar ainda mais as instituições e gestões privadas. Na última sexta-feira (20/12), o presidente extinguiu 27,5 mil cargos da administração federal. Somados aos últimos dois anos, os cortes na esfera pública passam de 100 mil. Em abril, Bolsonaro já havia eliminado 13 mil funções. Michel Temer, enquanto presidente em 2018, cancelou 60,9 mil cargos.

Neste mais recente corte, Bolsonaro ainda eliminou cerca de 13 mil vagas ainda ativas, ocupadas por servidores. O setor mais impactado com os cortes de Bolsonaro será o de Saúde. O Ministério sofrerá redução de 22.476 funções, praticamente 81% do total de cargos excluídos. Somente na função de Agente de Saúde Pública, 10.661 cargos deixarão de existir.

Bolsonaro, em diversas oportunidades, afirmou a não abertura de concurso público para 2020, o que enfraquece e deixa em cheque o futuro da máquina pública.

A medida da última sexta-feira (20/12) veda, ainda, a abertura de concurso público para funções existentes no plano de cargos técnicos e administrativos das instituições de ensino. Cerca de 20 mil cargos do Ministério da Educação (MEC) serão vedados. Além disso, instituições federais de ensino também terão cargos cortados.

 

Foto: Alan Santos/PR