Enquanto renda do trabalhador cai, custo de vida sobe

Desde meados de 2020, produtos básicos dobram de preço. A agenda ultraliberal de Bolsonaro impõe uma dura realidade ao brasileiro. Para se ter ideia, a cesta básica equivale a mais de 60% do salário mínimo. Enquanto o custo de vida sobe, a renda do trabalhador cai.  O índice usado como referência nas negociações salariais (INPC-IBGE) soma 32,5% de janeiro de 2017 a março deste ano. Para piorar, perspectiva é que por um bom tempo os valores continuem aumentando.

É perceptível a alta dos preços nas prateleiras de supermercados e nas plaquinhas das feiras livres, que se associa à redução do poder aquisitivo. No período da pandemia, o rendimento médio calculado pelo IBGE caiu em torno de 8%, mais da metade dos ocupados (54%) ganhava R$ 1.500 ou menos, de acordo com o Dieese. 

Ainda segundo o Dieese, os preços dos produtos da cesta básica subiram ainda mais do que a inflação geral, por isso, a queda no poder de compra dos trabalhadores foi agravada. Além disso, o litro da gasolina aumentou para 53%, e em dois anos, o preço médio do botijão de gás subiu para 57%, chegando a R$ 160 em algumas cidades.