Estudo do IPEA mostra evolução do funcionalismo público no Brasil durante 32 anos

O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou, na última sexta-feira (6/12), estudo Três Décadas de Evolução do Funcionalismo Público no Brasil (1986-2017), que analisou 32 anos de funcionalismo público no Brasil.

Durante as três décadas de pesquisa, o funcionalismo público teve uma ampliação de 123% e o número total de vínculos subiu de 5,1 milhões para 11,4 milhões. Enquanto o setor privado cresceu 95% nesse período.

A pesquisa constatou que o aumento do funcionalismo está concentrado nos municípios, enquanto a esfera federal possui apenas um em cada dez do total de servidores do país. O total de servidores municipais passou de 1,7 milhão para 6,5 milhões (276%). A esfera estadual ficou em segundo, com 50% de crescimento, e apenas 28% na esfera federal. Nos municípios, a maioria dos servidores é profissional de saúde e educação.

Outro resultado importante é a comparação entre o nível salarial de mulheres e homens. Durante os 32 anos, as mulheres continuam ganhando menos. O Ipea justificou essa diferença pela predominância da ocupação.

“Uma explicação possível para tal situação é que, provavelmente, elas estão predominantemente em ocupações com menor remuneração (uma vez que respondem pela maior parte das vagas nas áreas de saúde e educação). A média salarial dos homens era 17,1% superior à das mulheres em 1986, diferença que subiu para 24,2% em 2017”, sinaliza o estudo.