Exposição a longas jornadas de trabalho foram responsáveis pela morte de mais de 1 milhão de pessoas

A exposição a longas jornadas de trabalho é um dos principais causadores de doenças e lesões. De acordo com um levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em conjunto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), estas circunstâncias foram responsáveis por 1,9 milhão de mortes em 2016, em nível global.

Ainda de acordo com o balanço, óbitos por doença do coração ou por acidentes vasculares cerebrais (AVCs) associados ao excesso de horas trabalhadas subiram, respectivamente, 41% e 19%, entre 2000 e 2016. No total, os AVCs causaram 400 mil mortes e as doenças cardíacas, 350 mil.

Especificamente no Brasil, o nível de qualidade de vida dos trabalhadores consegue ser ainda pior. As constantes ameaças ao desemprego em um cenário de alta dos preços de recursos básicos como luz, alimento e combustível. O sistema de saúde em colapso, crises ambientais, falta de estrutura e moradia digna. Diversos fatores que influenciam o aumento de doenças como estas.

“É chocante ver tantas pessoas literalmente sendo mortas por seus empregos”, disse o diretor-geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Nosso relatório é um alerta para que países e empresas melhorem e protejam a saúde e a segurança dos trabalhadores, honrando seus compromissos de fornecer cobertura universal dos serviços de saúde e segurança ocupacional.”