Feminicídio: A morte de mulheres devido a condição de gênero cresce 12%

Em 2018, foram registrados 4.254 assassinatos cometidos contra mulheres no Brasil, número que representa aproximadamente 11 homicídios femininos por dia. Dessas mortes, 1.173 foram crimes de ódio motivados pela condição de gênero: feminicídio.  

Se comparado com 2017, ano em que foram registrados 4.558 homicídios contra mulheres, houve uma redução nos assassinatos em 2018. O número de feminicídios, porém, aumentou 12%, de 1.047 para 1.173. O estado brasileiro com maior ocorrências do crime é o Acre, são 3,2 casos a cada 100 mil mulheres.

No Carnaval deste ano, anterior ao 8 de março, Dia Internacional da Mulher, marcado por marchas políticas pelos direitos da mulheres no Brasil e no mundo, aconteceram expressivos casos de violência contra mulheres na região Sudeste.  

Na madrugada da segunda-feira (04/03), uma mulher de 36 anos foi espancada pelo marido e encontrada em  uma rodovia no sul do Espírito Santo com o rosto desfigurado. O principal suspeito é o marido, que está foragido.  

Na terça-feira (05/03), uma mulher de 29 anos foi morta pelo próprio marido por estrangulamento. No mesmo dia, no Rio de Janeiro, uma mulher de 35 anos morreu em um parto de emergência após ser agredida pelo marido.

Na quarta-feira de cinzas (06/03), foram registrados pelo site de notícias G1, cinco agressões de mulheres em todo país. Em todos os casos, as investigações apontam para os companheiros das vítimas.

Em março de 2015, a legislação brasileira reconheceu o feminicídio no rol dos crimes hediondos, colocando-o como “circunstância qualificadora do crime de homicídio”.

Na definição de feminicídio, se encaixam os homicídios que impliquem na “violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”.

A maioria dos crimes de feminicídio são cometidos por familiares, sendo que dentro desses casos a maior parte é cometida por parceiro ou ex. A separação é um dos principais fatores resultantes do crime.