Governo Bolsonaro insiste em congelar salário de servidores

A ideia de congelar o salário dos servidores públicos continua sendo pauta no governo. Segundo as justificativas, a medida seria parte dos esforços para o custeio das ações de controle da pandemia de Covid-19. Enquanto isso, o governo beneficia os bancos. 

O governo federal deve apresentar projeto de lei que vai transferir R$ 40 bilhões aos estados e municípios com a condição de que reajustes salariais fiquem suspensos por 2 anos. A intenção é substituir o projeto que tramita na Câmara e que prevê ajuda de R$ 41 bilhões como compensação das perdas de receitas de ICMS e ISS por três meses.

Se o projeto não for aprovado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, estuda a possibilidade de editar uma Medida Provisória (MP) para viabilizar o repasse de dinheiro.

Guedes, que é o maior defensor da ideia e já possui um histórico nessa causa, falou no último sábado (11/04) sobre “congelar os reajustes salariais de servidores e o uso de recursos das reservas internacionais do país”, como medidas para abater a dívida pública.

Desdobramento

No começo das discussões, a ideia de Paulo Guedes era uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para cortar em 25% os vencimentos dos servidores, com proporcional redução de jornada de trabalho. Mas a medida não foi aceita por Bolsonaro, pelo menos até o momento.