Governo Bolsonaro tem piora na saúde, educação, meio ambiente e assistência social

Quatro das principais pastas do governo estão em declínio em um ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro. Foram analisados 104 indicadores, comparando-os com o ano de 2018. Do total, 58 mostraram piores resultados, entre eles assistência social, saúde, educação e meio ambiente, 41 registraram avanços e 5 permaneceram sólidos.

Os programas sociais Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida voltaram a ter filas de esperas e situações de colapso. Cerca de 3,5 milhões de pessoas estão aguardando atendimento no Bolsa Família e 200 municípios perderam a cobertura do programa. O meio ambiente, reforma agrária e política indigenista também passam por episódios de retrocesso.

A economia teve um equilíbrio por conta da expansão da informalidade. No final de 2019, eram 38,4 milhões de pessoas atuando dessa forma, o que equivale a 41,1% de toda a população ocupada. Por outro lado, foi 644 mil novas vagas com carteira assinada, o melhor saldo desde 2013, mas ainda não chegou perto da quantidade entre 2004 e 2013.

A educação sofre com o desmonte causado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. Só em 2019, a pasta sofreu congelamentos de recursos pelo MEC, que resultou em cortes de investimentos, como o cancelamento de 8% das bolsas de pesquisas. A educação básica e superior regrediram, além do episódio do “Erro no Enem”, no começo deste ano, que acarretou em milhares de notas erradas dos participantes.

A saúde sofreu com queda no número de médicos na atenção básica, situação que não era registrada desde 2011, além de agentes comunitários de saúde. Outro fator foi o aumento no volume de internações por pneumonia em menores de 5 anos (570 mortes contra 511 no mesmo período do ano anterior). Dados preliminares de janeiro a junho do último ano já apontam aumento na mortalidade infantil por esse motivo.