Greve Nacional de 48h: último dia de mobilização contou com Frente Ampla em Defesa dos Serviços Públicos

Na manhã desta quarta-feira (27/11), foi realizado o segundo dia da Greve Nacional de 48h. As movimentações começaram com ato na Maternidade Climério de Oliveira (COM) e seguiu com a realização de uma Frente Ampla em Defesa dos Serviços Públicos, na Faculdade de Economia da UFBA. A Carta Aberta à População foi lida aos servidores e demais segmentos da educação presentes e logo em seguida foi aberto o espaço para discussão do atual cenário político do país. A Coordenação da ASSUFBA, Técnico-Administrativos ativos e aposentados, além do Diretor da Faculdade de Economia, Prof. Henrique Tomé, estiveram presentes neste grande ato.

Na abertura das discussões, o Coordenador Geral da ASSUFBA Sindicato, Renato Jorge, lembrou a todos do primeiro dia de ato, ocorrido nesta terça-feira (26/11) no COM-HUPES e no Ambulatório Magalhães Neto, com uma reflexão. “Os impactos dos cortes, a entrega da gestão pública do Hospital a uma gestão privada. Isto causa impacto no dia a dia da população”, disse Jorge.

 

 

O Coordenador de Comunicação da ASSUFBA, Antonio Bomfim, também comentou a respeito da trajetória da Greve: “Mesmo em um dia difícil, fomos ao HUPES mobilizar a população”. Ele falou também a respeito da conjuntura política atual, de ataques e ameaças vindas por parte do governo Bolsonaro aos servidores públicos. “É preciso estar bem informado neste momento de ataques”, completou.

 

 

Durante todo o encontro da Frente Ampla, o presidente da CTB Bahia, Pascoal Carneiro, esteve presente e pontuou a importância da mobilização e iniciativa tomada pela ASSUFBA. Carneiro comentou também sobre a necessidade da população se manifestar contra esse governo autoritário. “O que estão fazendo é contra toda a população. O povo precisa ir para a rua, até o governo já sabe que iremos e busca nos intimidar com ameaças. Mas o povo precisa acordar”, alertou o presidente da CTB Bahia.

 

 

O Diretor da Faculdade de Economia da UFBA, Prof. Henrique Tomé, também participou do encontro, mostrando que a luta deve ser de toda população. O Diretor parabenizou o Sindicato pela mobilização e destacou a necessidade da discussão sobre assédio. “É uma honra presenciar uma mobilização em prol de uma causa digna. Além da importante oportunidade de discutir o assédio no âmbito universitário”, pontuou Tomé.

Outro tema discutido durante a realização da Frente foi a respeito das inúmeras denúncias de assédio moral sofridas pelos servidores e trabalhadores da UFBA. A Coordenação da ASSFUBA lembrou a campanha contra o assédio que vem sendo praticada pelo Sindicato, com intuito de conscientizar a toda comunidade universitária. Atualmente, a UFBA não possui um canal para resolução destes casos. Tendo em vista a necessidade, a ASSUFBA produziu um material contra os casos de assédio vividos na Universidade e disponibilizou o Sindicato para ser um portal de denuncia. O Sindicato ressalta a importância de se criar e praticar Políticas contra os casos de assédio na Universidade.

 

 

Após as falas da mesa, foi aberto o espaço para debate e complemento por parte dos servidores presentes. Os Técnico-Administrativos lembraram o importante papel prestado pelo Sindicato, a necessidade de mobilizar a todos e de continuar na luta contra o governo que tanto persegue a categoria. A representante da Seção Sindical do COM, Radinei Santos, pontou a força do Sindicato: “Sindicato sem o povo não é sindicato, o Sindicato somos nós”. A Coordenadora de Políticas Sociais e Antirracista da ASSUFBA, Eliete Gonçalves, salientou a importância dos serviços prestados pelo Hospital Universitário. “Estivemos no HUPES para conscientizar a população sobre os ataques, mas não podemos esquecer de valorizar os atendimentos dos profissionais”, concluiu.