IBGE revela aumento na desigualdade entre baianos; mulheres e negros são as principais vítimas

A desigualdade voltou a crescer na Bahia. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, após diminuição em 2018, os 10% mais ricos do Estado recebem 50,5 vezes mais do que os 10% mais pobres. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua 2019.

O levantamento considera a taxa de 10% dos trabalhadores com maiores rendimentos, que no ano passado recebiam em média R$ 6.920, e os 10% com os menores salários, R$ 137. Os mais afetados foram negros e mulheres. A pesquisa foi realizada com pessoas de ambos os gêneros e de diferentes etnias.

Para o IBGE, mesmo com o aumento da renda da maioria dos baianos, a desigualdade também subiu. As mulheres, maioria da população baiana (55%), estão recebendo menos do que os homens. Em comparação com 2018, o rendimento de trabalho da mulher caiu de R$ 1.428 para R$ 1.400, em 2019. Já para os homens, o contrário, subiu de R$ 1.595 para R$ 1.714.

Outra vítima da desigualdade é a população negra. Em 2019, aqueles que se declaravam brancos na Bahia ganhavam, em média, R$ 2.177, enquanto pardos recebiam R$ 1.500 e os pretos R$ 1.337.

Entre o ranking dos estados mais desiguais do país, a Bahia saiu do 9° para o 7° lugar.