Inflação: apesar da queda no preço dos combustíveis mais caros da história, “Brasil do mapa da fome” enfrenta nova alta no preço dos alimentos

O governo de Jair Bolsonaro, perto das eleições presidenciais, tentou mascarar a alta inflação com a aprovação da PEC dos Combustíveis, mas os dados mostram que apesar da queda no valor da gasolina mais cara da história, o preço dos alimentos ficaram maiores. Agora, o IPCA-15 acumula 5,79% no ano e 11,39% em 12 meses. Os resultados foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (26/07).

O instituto apurou alta em seis dos nove grupos e sete das 11 áreas pesquisadas. Destaque para Alimentação e Bebidas, que subiu 1,16% neste mês e representou um impacto de 0,25 ponto percentual na taxa. Por menor que sejam as porcentagens, é um absurdo, diante de um país que enfrenta a fome e a insegurança alimentar cada vez mais maiores, junto com a pobreza em crescimento.

Leite sobe 57% no ano

Ainda em alimentação, o IBGE cita a alta dos preços do leite longa vida (22,27%), que sozinho teve impacto de 0,18 ponto na taxa geral. O leite sobe 57,42% no ano. Outros derivados também aumentaram de preços. Casos de requeijão (4,74%), manteiga (4,25%) e queijo (3,22%). Além disso, tiveram aumento itens como frutas (4,03%), feijão carioca (4,25%) e pão francês (1,47%).

Com isso, a alimentação no domicílio variou 1,12%. Já a alimentação fora subiu 1,27% – o lanche aumentou 2,18% e a refeição, 0,92%.

A maior taxa do IPCA-15 em julho foi registrada em Recife (0,87%) e a menor, em Goiânia (-0,98%). Em 12 meses, o índice sobe em todas as áreas, variando de 9,10% Belém) a 12,75% (Curitiba), somando 12,74% em Salvador, 12,03% em Recife, 11,57% em São Paulo e 11,19% no Rio.

O IPCA e o INPC deste mês serão divulgado em 9 de agosto.