Mais brasileiros passam a ter esgoto e água potável, mas número ainda é inferior ao esperado

Os Diagnósticos da Prestação de Serviços de Saneamento Básico 2018, do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, divulgados nesta terça-feira (10/12), apontam que a cobertura nas redes de esgotamento sanitário no Brasil cresceu 4,1%, em 2018, alcançando um total de 325,6 mil quilômetros, com mais 2 milhões de pessoas atendidas. Entretanto, número de recursos destinados e pessoas atingidas é menor que o esperado pelo Plano Nacional de Saneamento Básico, segundo pesquisa divulgada em outubro pelo Dieese.

A pesquisa de 2018, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), registrou que o mesmo ocorreu com as redes de água potável. Segundo o Ministério, o aumento foi de 3,4%, passando a ter 662,6 mil quilômetros. No mesmo ano, também foram coletados 62,78 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos.

De acordo com a entidade Trata Brasil, o Brasil está atrasado mais de 30 anos em relação ao cumprimento das metas do Plano Nacional até 2033. Isto ocorre devido a falta de recursos investidos. Seriam necessários, para a contemplação das metas, R$22 bi anualmente, enquanto o Brasil não chega a gastar R$10 bi. Os dados divulgados em outubro pelo Dieese apontam que, apesar da quantidade das casas atendidas com a chegada do saneamento em 2018, cerca de 35 milhões de brasileiros vivem sem acesso à rede de abastecimento de água, desassistência que aumenta em relação à coleta e tratamento de esgoto. Pelo menos 100 milhões de brasileiros não têm acesso a esses serviços, ou seja, quase metade da população do país.

As informações do Sistema Nacional são de 9.780 prestadores de serviços de água, esgotos, manejo de resíduos sólidos urbanos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas de todo o Brasil.