Máquina está sendo desligada, diz CTB sobre greve de servidores

“O governo acha que está negociando, mas não está. A máquina está sendo desligada”, afirmou o secretário do Trabalhador Público da CTB, João Paulo Ribeiro (JP), ao comentar, nesta segunda-feira (11), o início da greve dos servidores públicos federais, iniciada nesta mesma data.

“Desde o ano passado temos feito reuniões com o governo federal, mas nunca são apresentados números concretos”, comentou JP, que também é dirigente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra). Diante do impasse para a valorização das carreiras dos servidores, o dirigente da CTB avalia que o país verá um movimento de paralisação de grandes proporções durante as próximas semanas.

“Já existe a indicação de greve dos funcionários das escolas e institutos técnicos federais. A partir do dia 16, os trabalhadores do Banco Central também podem aderir. No dia 18, há o indicativo por parte dos trabalhadores do sistema Fisco”, adiantou o dirigente, que tem representado a CTB nas diversas reuniões para definir a estratégia dos trabalhadores em greve.

Unidade

Na semana passada, 31 entidades ligadas ao funcionalismo público definiram que a partir do dia 11 de junho seria iniciada uma greve geral, em prol da Campanha Salarial 2012 e do fortalecimento da estrutura pública no país.

Dessa forma, nesta segunda-feira as bases da Fasubra e da Assibge iniciaram o movimento, que já conta com a participação dos professores de 53 das 59 universidades federais do país. Ao longo da semana, será a vez dos trabalhadores da Fenajufe e do Sinasefe. Na próxima semana, durante a Cúpula dos Povos, a ser realizada no Rio de Janeiro, os servidores grevistas também deverão promover um ato para debater com outros setores da sociedade suas reivindicações.

Central na luta

Segundo João Paulo Ribeiro, os militantes da CTB em diversos sindicatos estão mobilizados. “O empenho tem sido e será muito grande. O cenário é complicado, pois o governo tem utilizado a crise internacional como argumento nas negociações, mas entendemos que seu excesso de cautela impede que o diálogo tenha continuidade”, explica.

JP afirmou também que o comando de greve pretende convocar uma grande entrevista coletiva na próxima semana, para fazer com que a população em geral tenha consciência das razões que levaram os trabalhadores à paralisação. “Temos que mostrar nossa versão dos fatos, pois existe uma grande possibilidade de todos os serviços públicos entrarem em greve”, afirmou.

Portal CTB