Mulheres são maioria entre desempregados, apesar de serem 44% da força de trabalho no país

As mulheres, que formam 44% da força de trabalho e ganham cerca de 21% a menos do que os homens, seguem sendo a maioria entre os desempregados. É o que apontam os dados divulgados pelo Dieese.

O boletim é referente ao terceiro trimestre de 2022, quando a pesquisa foi realizada. Para efeito de comparação, na época, a taxa de desemprego era de 6,9% para os homens, enquanto que para as mulheres chegava aos 11%, com previsão de escalada. Nesse mesmo período, 5,3 milhões de mulheres estavam desempregadas, sendo 3,4 milhões delas negras – segundo o Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE).

As mulheres negras também são maioria entre as desalentadas (que desistiram de procurar por uma vaga) e subocupadas (mulheres que fazem menos de 40 horas de trabalho semanais). Apesar de a maioria das famílias brasileiras serem chefiadas por mulheres (50,8% ), as famílias chefiadas por mulheres negras com filhos tem renda média de R$ 2.362,00, enquanto entre casais com filhos, a renda média é de R$ 6.587 para não negros e de R$ 3.767 para negros (-42,8%).