Transferência do SMURB para o AMN causa transtornos à comunidade

Mais segurança e comodidade para todos”. Essas são as palavras encontradas pelos usuários do Serviço Médico Universitário (SMURB), transferido para as dependências do Ambulatório Magalhães Neto (AMN) no ano passado. Na entrada principal do prédio, há uma placa sinalizando a mudança do acesso, que está sendo realizado através de fila única. As dificuldades enfrentadas pela comunidade acadêmica e pela população levaram a coordenação da ASSUFBA Sindicato a visitar a unidade na manha desta terça-feira (7/2).

Foto: Américo Barros

O coordenador geral da ASSUFBA, Renato Jorge Pinto, ressalta que desde o início, a comunidade acadêmica disse não à transferência do SMURB, por causa da falta de infraestrutura do AMN. “Nós acompanhamos todo o processo para garantir o pleno funcionamento dos serviços. Não queremos impedir que a universidade cresça, inclusive porque essa luta é nossa também. Mas, precisamos ampliar com responsabilidade e verificar quais as medidas necessárias para que ocorra da melhor maneira”, avalia o coordenador.

De acordo com a servidora do Hospital das Clínicas (COM-HUPES) e coordenadora de Formação Sindical da ASSUFBA, Maria Luiza Santos, graves problemas comprometem o atendimento e prejudicam os servidores da unidade. “Essa mudança é uma falta de respeito. Quem dificuldade de locomoção tem enfrentado muitas dificuldades. A falta de infraestrutura prejudica a comunidade e os servidores estão indignados com o posicionamento da direção do SMURB”, afirma.

Foto: Américo Barros

A coordenadora de Política Sociais da ASSUFBA, Eliete Gonçalves, explica que muitos servidores têm procurado a ASSUFBA e relatado constrangimento por terem que enfrentar essa situação. O servidor Manuel Brito protesta contra o acesso. “A entrada única está nos prejudicado porque chegamos sempre depois do horário, já que nos misturamos ao público externo. Precisamos de uma entrada separada com urgência”.

Para a servidora Magali França, a mudança representa desvalorização dos servidores e critica a atual gestão do COM-HUPES. “Eu acho um absurdo fechar a porta da frente para os funcionários. Ao invés de entrarmos pela frente, utilizando nosso crachá, ficamos numa fila enorme esperando para começarmos o turno de trabalho. Essa é, sem dúvida, a pior gestão que já tivemos”.

Foto: Américo Barros

“Aquela placa é uma afronta: ‘Mais segurança e comodidade para todos’. Todos quem? Eu não me sinto beneficiado com o acesso pelo estacionamento. Está muito complicado subir e descer rampa”, reclama o servidor aposentado Fernando Gomes (73). A aposentada Maria do Carmo (69) “Quando cheguei ao prédio, eu tive que dar a volta e descer a ladeira. Eu não tenho mais condições físicas para esse ‘sobe-desce’ de escadas e ladeiras. Tendo artrose e artrite, como vou apoiar essa mudança?”

07/02/12

ASCOM ASSUFBA Sindicato