PEC da Reforma Administrativa tem previsão para ser entregue nesta semana; texto chegará sem um dos pontos polêmicos que levantou insatisfação pelo Congresso
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Reforma Administrativa depois de sucessíveis adiamentos pode chegar ao Congresso Nacional nesta semana. Segundo o senador, Eduardo Gomes (MDB-TO), depois do resultado do PIB (vexame nacional), e a votação do Orçamento Impositivo e outras pautas econômicas, o texto finalmente deve ser encaminhado ao Congresso, mas sem definição de uma data específica.
A versão final da matéria está pronta desde 21 de fevereiro, quando Bolsonaro terminou as últimas modificações, e chegará sem um dos pontos que manifestava maior insatisfação dentro do Congresso. A proibição de servidores serem filiados a partidos políticos não foi colocada na PEC, como tinha previsto inicialmente o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo o DIAP, esse ponto descartado fere entre outros, o capítulo dos “Direitos Políticos” da Constituição Federal, sendo inconstitucional. Entre outros pontos, a iniciativa pretende:
– eliminar o RJU (Regime Jurídico Único);
– acabar com a estabilidade do servidor;
– extinguir a garantia de irredutibilidade salarial;
– permitir a redução de salário e de jornada;
– ampliar o estágio probatório;
– reduzir o salário de ingresso no serviço público;
– proibir as progressões e promoções automáticas;
– ampliar o tempo de permanência na carreira; e
– criar carreirão transversal, cujos servidores serão contratados pela CLT e distribuídos para os órgãos governamentais.
Foto: Marcos Corrêa | PR