Segundo estudo, 91,7% das cidades brasileiras não têm delegacia especializada para mulher

Pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) aponta que apenas 8,3% dos municípios do país têm uma delegacia especializada em atendimento à mulher, o que significa um percentual de 91,7% sem nenhuma. Observou-se também uma diminuição de municípios com organismo executivo de políticas para mulheres.

Os dados, que estão disponíveis na MUNIC (Pesquisa de Informações Básicas Municipais e Estaduais), trazem uma série de informações coletadas no ano de 2018 referentes às políticas públicas implementadas nos municípios brasileiros, entre eles, recursos humanos, assistência social, educação e política para mulheres.

Segundo o MUNIC, no ano de 2013, 27,5% das prefeituras possuíam algum organismo executivo de políticas para mulheres. Em 2018, houve uma diminuição de 7,6%.

Além disso, os municípios que possuem casas-abrigos para mulheres em situação de violências, que são geridas pelas prefeituras, caíram de 2,5% em 2013 para 2,4% em 2018. Só no ano observado, 1.221 mulheres e 1.103 crianças foram atendidas pelas casas-abrigo, mas, 74,5% dessas casas ofertam apenas a principal atividade que é o atendimento psicológico individual, e a depender da unidade, (19,0%) possuem creche para as crianças.

A pesquisa aponta que houve um aumento no número de municípios que possuem um Plano Municipal de Políticas para Mulheres. Em 2013, o documento era dotado por 4,5% das prefeituras do país. No ano passado, esse percentual saltou para 5,3%.=