Pesquisa proveniente de doutorado em universidade brasileira poderá resultar em ferramenta de combate ao câncer

As Universidades brasileiras continuam fazendo balbúrdia. Desta vez, 11 pesquisadores brasileiros coordenados pela professora do Departamento de Química Inorgânica da UFF (Universidade Federal Fluminense), Célia Machado Ronconi, estão perto de encontrar resultados de uma ferramenta efetiva que destrói células cancerígenas. O grupo reúne pesquisadores da UFF, do Instituto Nacional do Cancêr (Inca) e do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).

Em parceria com o Inca, os estudos foram realizados com células do câncer de mama de uma mulher de 69 anos. Os pesquisadores utilizaram como linha de pesquisa o desenvolvimento de sistema do transporte de fármacos: a doxorrubicina, que é um fármaco tóxico usado para vários tipos de câncer.

No intuito do funcionamento do protótipo, o grupo partiu da ideia de desenvolver um mecanismo em que esse fármaco só fosse liberado na presença da célula tumoral. Foi desenvolvida então uma espécie de reservatório em escala nanométrica, no qual foi colocado o fármaco (doxorrubicina).

A pesquisa foi parte do trabalho de doutorado de Evelyn Santos, aluna da UFF, que durou cerca de dois anos. Um artigo sobre os resultados dos ensaios in vitro foi publicado na revista britânica Journal of Materials Chemistry B, da Royal Society of Chemistry, pelo grupo de pesquisadores, que recebeu investimentos da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj).