Principal programa de apoio às mulheres vítimas de violência fica desamparado sob o governo de Bolsonaro

O principal programa de amparo às mulheres vítimas de violência, Casa da Mulher Brasileira, foi deixado de lado pelo governo Bolsonaro. Desde o início do mandato, o programa teve redução das verbas para a construção das unidades de atendimento integrado. O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, chefiado por Damares Alves, já afirmou não possuir condições de manter o auxílio e decretou o fim das construções de novas unidades em 2019.

Criado em 2015, durante o governo Dilma Rousseff, a proposta inicial do programa previa uma em cada Estado da Federação. Até o momento, apenas cinco centros estão em operação. No período entre 2015 e 2019, o orçamento do Ministério da Mulher foi reduzido, passando de R$ 119 milhões para R$ 5,3 milhões. Este é mais um contraste do período em que o Brasil viveu a partir do golpe liderado pela direita neoliberal, que resultou no impeachment de Dilma e a eleição de Jair Bolsonaro em 2018.

Hoje, desalentada, a pasta das mulheres pretende reformular o programa. O nome passará por mudanças, além da redução para 25 estados a um custo inferior da proposta inicial.

Um dos crimes que mais crescem no país, a violência contra a mulher ocorre nos diferentes cantos do país. Dados do Ministério da Saúde apresentam que uma mulher é agredida a cada quatro minutos no Brasil.

 

Foto: Sérgio Lima