“Reforma da Previdência pode culminar em greve geral”, diz Adilson Araújo ao Valor Econômico

O jornal Valor Econômico repercutiu nesta segunda-feira (5) entrevista com o presidente da CTB, Adilson Araújo, em que o dirigente afirma que se a reforma previdenciária avançar da forma como quer o governo poderá deflagrar uma greve geral no final de março de 2017.

Junto a outras lideranças das centrais sindicais, Araújo está hoje em Brasília para a reunião com a equipe do governo em que será apresentada a proposta de reforma da Previdência, que inclui projetos e emendas à Constituição. O pacote, altamente prejudicial aos direitos dos brasileiros, está pronto e o objetivo do governo é encaminhar o texto para o Congresso ainda esta semana.

Araújo afirmou que o governo “erra na forma e no conteúdo” no conteúdo de sua proposta. “A contribuição mínima de 50 anos serve para banqueiro fazer poupança. Não podemos só beneficiar o rentismo. O governo desvinculou 30% das receitas da União para fazer superávit primário”.

O presidente da CTB também criticou a falta de diálogo com as centrais. “Em um primeiro momento o governo quis conversar, mas o diálogo não avançou pois o governo mostrou-se pouco disposto a ouvir o movimento sindical”. Para Araújo, é preciso diminuir juros, pôr fim à desoneração de setores da economia e realizar reformas que aumentem a arrecadação, antes de se pensar em reformar a previdência.

Se o quadro não se alterar, o dirigente diz que as centrais sindicais realizarão plenárias no início do próximo ano e poderão convocar uma greve geral para o final do trimestre.

ctb-valor-greve.jpg

Fonte: Portal CTB